Muitas vezes, as crianças sentem necessidade de "melancolia".
Alguns contos e histórias possibilitam que sentimentos como piedade, solidariedade e compaixão sejam exercitados.
Meu pequeno descobriu o conto de Hans Christian Andersen , A pequena vendedora de fósforos.
Condoído com a triste história da menininha, coordenou a confecção de uma boneca seguindo as ilustrações do livrinho que ganhou de presente, inclusive com trapinho na mão e nos pés (!).
Fiz, meio a contragosto, já que não sou muito fã do conto onde a personagem central morre queimada viva.
No entanto, para a minha surpresa, aos seis anos, Uli não percebeu que o final da trama era esse.
Não recomendo o conto, especialmente em sua versão integral, este post é apenas para ressaltar a importância da melancolia para a constituição de sentimentos saudáveis na criança.
Abaixo, a versão resumida e mais leve, a qual meu filho teve acesso:
A Pequena Vendedora de Fósforos
Alguns contos e histórias possibilitam que sentimentos como piedade, solidariedade e compaixão sejam exercitados.
Meu pequeno descobriu o conto de Hans Christian Andersen , A pequena vendedora de fósforos.
Condoído com a triste história da menininha, coordenou a confecção de uma boneca seguindo as ilustrações do livrinho que ganhou de presente, inclusive com trapinho na mão e nos pés (!).
Fiz, meio a contragosto, já que não sou muito fã do conto onde a personagem central morre queimada viva.
No entanto, para a minha surpresa, aos seis anos, Uli não percebeu que o final da trama era esse.
Não recomendo o conto, especialmente em sua versão integral, este post é apenas para ressaltar a importância da melancolia para a constituição de sentimentos saudáveis na criança.
Abaixo, a versão resumida e mais leve, a qual meu filho teve acesso:
A Pequena Vendedora de Fósforos
(Hans Christian Andersen)
Era a última noite do ano e uma pobre menina caminhava pelas ruas por entre a neve.
Mesmo com frio, encantava-se com a carruagens suntuosas.
A pobre menina era vendedora de fósforos, mas ninguém tinha comprado nenhum.
Os pés descalços doíam na neve.
Mas que cheiro era aquele?
Cheiro de peru assado de véspera de Ano-novo. As janelas iluminadas faziam a pobre menina sorrir pela felicidade dos outros.
Teve de se proteger do vento gelado. Ficou encolhida, só imaginando as maravilhas à sua volta.
A pobre menina, para se esquentar, riscou um fósforo e, da faísca, ela imaginou uma lareira quentinha.
Mas a lareira desapareceu... o fósforo se apagou.
Com o segundo fósforo riscado, ela viu uma mesa posta com os mais deliciosos pratos.
E o fósforo se apagou de novo. A pobre menina não queria mais sentir frio.
Riscou outro fósforo e a centelha trouxe aos seus olhinhos a mais bela árvore de Natal que já tinha visto.
Mas a chama não durou muito. No céu, a menina viu sua avó. A única pessoa que a tinha amado na vida.
Rapidamente, riscou outro fósforo e a avozinha apareceu linda e carinhosa.
Não queria perder a sua avó e, desta vez, a menina ascendeu todos os fósforos.
O brilho foi tão intenso que a avó chamou a menina para lhe acompanhar.
Não havia mais frio nem fome.
Somente Deus e a sua avó tão querida.
Foram para a felicidade suprema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário